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Minha experiência com a AGES

  • por

Vera Ione Molina Silva

Talvez por ser mais antiga que muitas escritoras e escritores que estão por aí participando de todas as atividades literárias fui solicitada a escrever sobre minha experiência com a Associação Gaúcha de Escritores. Não sei se sou uma das pessoas que deveriam ser incumbidas dessa tarefa, mas vamos lá.

Em 1991 ou 93, um grupo de escritoras e escritores reunidos na Sala Álvaro Moreira formaram uma chapa para reativar a Associação. Se era para ser reativada, já existia, possivelmente há muitos anos. Eu e outra escritora integramos essa diretoria eleita por aclamação, da qual fazia parte o Moacyr Scliar somente para enriquecer a entidade, acredito. 

Andei em algumas reuniões e almoços sem entender bem, como andava quando mais jovem em outros cargos para conferir uma aparência de democracia. Nem sei o que foi promovido por aquela diretoria, o prêmio AGES ainda não existia.

No final dos anos 1990 fui morar no litoral e mais tarde na Fronteira Oeste. Totalizei 17 anos fora de Porto Alegre, onde tudo acontece e as decisões são tomadas. Produzi muito enquanto estava fora, mas aqui na capital havia uma ou duas gerações de escritores que não me conheciam. Teria que começar tudo de novo? Foi difícil o recomeço em 2016.

Mais uma vez fui acometida da síndrome de Forrest Gump, mas graças à Editora Bestiário continuei em frente com minha literatura para a infância, meus contos e novelas. Vivemos tempos sombrios no Brasil e mesmo assim, as mulheres não desistiram de sonhar e trabalhar pela sua arte, sua literatura.

A atual diretoria da AGES é o resultado do sonho e procura integrar todas e todos seus associados. Maio de 2022 será profícuo, com o lançamento do prêmio anual, de um site que deverá agilizar as informações e contatos. Saúde, sucesso e muita produção para nós.